quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Reality Show

Já não é de hoje que o povo brasileiro é conhecedor dos programas apresentados no modelo de reality show (uma espécie de exposição da própria vida). Por sua vez, tais formatos quando não reestruturados, tornam-se cansativos, apelativos e chatos.

Há mais de 10 anos convivemos com o Programa BBB (Big Brother Brasil) apresentado pela Rede Globo todo início de ano e comandado por Pedro Bial. Como tudo na vida, no início tornou-se febre, era algo inovador e capaz de prender o telespectador à frente do aparelho televisor. Porém, noto que de alguns anos pra cá, esse entusiasmo deu lugar a insatisfação. E justamente por sem sempre a mesma coisa. Por mais que ocorra algum tipo de modificação interna, os protagonistas da situação são sempre os mesmos estereótipos.

É impossível realizar uma edição do BBB sem a presença do chamado grupo tradicional, ou seja, o "bombado", geralmente um aspirante a lutador que tem de aparecer se promovendo e exibindo os músculos, a mulher gostosa que tem o corpo escultural, mas que não consegue conjugar um verbo no tempo correto, a "encrenqueira ou barraqueira" que tumultua o ambiente e coloca fogo no programa, o gay que quer mostrar que sua tribo já não é mais oprimida, enfim, geralmente são esses os perfis dos participantes.

Ocorre que são perfis que já deram o que tinham que dar. Eu até entendo que esse tipo de programa se faz em cima de uma misturada de estilos e crenças, mas falta conteúdo e não é pouco. O que se vê é uma série de discussões sem propósitos, puxações de tapetes e auto promoções. Nada mais do que isso.

Pior ainda é o reality apresentado pela Rede Record e intitulado de A Fazenda. Já começa pela apresentação do programa feita pelo jornalista Brito Júnior. To pra ver pessoa mais sem carisma e empatia do que ele. Nenhum pouco empolgante. Sou capaz de apostar que se colocassem um dos animais do programa (no sentido literal) para fazer a apresentação, seria muito melhor.

E os participantes? Um bando de ex celebridades e alguns notórios desconhecidos que ninguém sequer ouviu falar. Lá dentro são obrigados a aprender a cuidar dos animais e vivem num sistema de rodízio de tarefas. Mas o que se vê constantemente são brigas, discussões, fofocas e nada de produtivo intelectualmente. Eu classifico esse programa como uma "aberração televisiva em busca pela audiência". Lamentável.

Entretanto, nem todos os formatos de reality são ruins ou medíocres. Muitos deles tem os seus valores e agregam conhecimento aos que os assistem.

Por exemplo, os programas que envolvem música são bem legais de se ver. Principalmente o The Voice Brasil, que reestreia hoje sua terceira temporada. Trata-se de uma atração que busca alcançar um novo talento musical. E nas duas edições anteriores, viu-se boas disputas e candidatos com alto potencial vocal. Se o vencedor vai se destacar no mercado, não sei responder. Mas que é um programa legal de assistir, isso é.

Pelo menos fica a dica de uma atração bacana para ser ver às quintas a noite na televisão aberta.

Enfim, cada um tem sua opinião particular sobre esse formato de programa. A minha humilde opinião é de que quando por conta da audiência se põe a prova todo e qualquer valor ético, moral, familiar, entre outros, o programa não deve ser lá grande coisa. Quando o que se busca é encontrar um novo talento, seja esse qual for, a tendência é que você se prenda para assisti-lo até o seu final.

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