terça-feira, 19 de agosto de 2014

Tempo

Você já parou pra refletir e se deu conta de como trinta dias passam rápido demais? Pois é, os meses estão passando rápido ou seria a vida que está cada vez mais intensa e por conta disso não percebemos a passagem meteórica do tempo?

Aliás, pra que serve o tempo? Durante boa parte de nossa vida sempre ouvimos a famosa frase: “o tempo é capaz de curar qualquer ferida”. Será mesmo? Já me peguei pensando por diversas vezes se o tempo é nosso remédio ou nosso veneno. A mesma velocidade com que ele devora as horas de sono é a mesma velocidade com que ele sana os problemas vividos? Creio que não. Até porque, o tempo não é capaz de resolver nossos problemas. É capaz de amenizar uma situação desconfortável ou revigorar um corpo saturado para que este possa com suas singelas forças elucidar sua questão pessoal.

Mas a questão primordial que me deixa indagado é: qual a fórmula adotada pelo tempo? Como ele age perante o ser humano? O tempo impera em qual sentido na vida de alguém? Positivo ou negativo? Depende, seria a resposta mais adequada?

Sendo redundante, qual o seu fator temporal? A velocidade empregada por ele seria como a de uma caminhada a passos lentos ou de um terremoto em sua escala mais alta? É mesmo capaz de amenizar uma dor, uma saudade ou o ser humano que aprende a conviver com elas? Fica tal questão para ser debatida. Fato é que, o mesmo tempo que é capaz de ajudar alguém, também é capaz do inverso.

Há pessoas que esperam uma vida toda por algo que nunca irá se concretizar, ainda que empreguem toda a sua esperança e disposição nesse desafio, pois não podem controlar fatores alheios as suas vontades. Nesse caso, o tempo funciona como um revés, algo que somente afugenta uma expectativa e dilacera um sonho em sua plenitude. Contudo, para outras, o tempo é praticamente um amuleto de sorte. Elemento essencial capaz de apagar uma fase ruim, uma passagem difícil e reorganizar traçando uma nova rota predestinada por objetivos que certamente serão atingidos.

Em uma conclusão mais racional penso que estaria então associado a um estado de espírito. Para o sujeito mais convicto de si e de mente e coração abertos, o tempo é totalmente satisfativo e enriquecedor. Já para aquele que é corroborado por pensamentos negativos e guardador de sentimentos autodestrutivos, o tempo funciona como uma guilhotina prestes a decaptá-lo.

Acho válido “dar tempo ao tempo”. Mas assim como a própria natureza é capaz de mudar radicalmente e em fração de poucas horas em relação ao tempo, não permaneça eternamente escravo dele. Lembre-se que, em alguns casos, ele é o início do tratamento e o começo da superação, mas nem sempre a chance de cura está entrelaçada a ele. Seja sempre superior ao tempo, mostre quem manda.

Dê a si o seu próprio tempo, mas pense que o hoje ainda não acabou e que para se chegar ao amanhã é necessário vivenciar o presente e o “tempo” nem sempre nos torna isso possível. 

Autoria: Leandro Martins

3 comentários:

  1. Marcar aqui meu apoio ao blog!! Que essa iniciativa dure bastante!!

    PRIMEIRO COMENTÁRIO DA HISTÓRIA DO BLOG É MEEEU!!!

    E pensar sobre o tempo vai te dar dor de cabeça... Ele é a nostalgia e a ansiedade, a maldição e benção... O tempo tanto eterniza como finaliza!

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  2. Meu querido, parabéns pelo blog!

    Como já diria nosso amigo Albert: "O tempo é relativo". Há situações que passam num piscar de olhos e outras que perduram uma eternidade.Também concordo com suas opiniões.

    Entendo como saudável para muitas coisas "dar tempo ao tempo", mas da mesma forma é importante aquilo o que fazemos com o tempo. O passar das horas por si só não resolverá nossos problemas, de modo que o ser humano precisa agir.

    Diz outro ditado que "o tempo é o senhor da razão". É válido também. O tempo passa, refletimos, aprendemos, ganhamos experiência.

    Claro que falar é muito fácil, todo mundo passa por dificuldades, mas vale sim deixar as águas rolarem, refletir, mas tomar conta de si e do tempo.

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  3. O tempo é cronológico, é justo e igual pra todos, independente de qualquer preferencia ou questão pessoal e subjetiva. O tempo, também, é relativo e vai ser mais correr mais rápido, mais devagar ou simplesmente não passar dependendo das expecativas, importância e carga emocional qur cada pessoa atribuir à ele.

    O tempo, em si, não cura, não ameniza e nem exponencializa os fatos da vida, o tempo é só o tempo. Contagem de dias, horas, meses anos. É a expectativa humana, as emoções do homem que atribuem ao tempo essa responsabilidade e dão aos segundos a obrigação de resolver tudo aquilo que o ser humano por preguiça, indisposição, resignação ou pura crença no dito popular de que o tempo resolve tudo.

    Concordo que é preciso dar tempo ao tempo em algumas situações, mas não todo o tempo do mundo, pois ninguém é mais responsável pela sua felicidade e realização dos seus objetivos do que o próprio homem.

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