segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O que esperar para o futuro próximo?


Após longos meses de ataques, ofensas e alguns projetos apresentados, neste último domingo (26/10) chegou ao fim uma das eleições mais acirradas dos últimos anos. Na era democrática não se via uma disputa tão ferrenha desde 1989, quando o então promissor Fernando Collor de Melo acabou eleito vencendo a disputa contra o candidato Lula, que viria a ser presidente alguns anos depois.

A campanha de 2014 ficará na mente dos brasileiros marcada por uma série de escândalos, mentiras, morte, entre outros fatores que surgiram no decorrer da mesma. Os debates produzidos pelas emissoras de televisão evidenciaram isso de forma contumaz. Pouco se projetava, mas muito se agredia.

Dois partidos (como já se tornou hábito) chegaram na reta final praticamente empatados. E assim permaneceu até o anúncio oficial proferido ontem por volta das nove horas da noite. Com uma diferença de pouco mais de três milhões de votos, a candidata à reeleição, Dilma Rousseff foi novamente eleita para governar o país por um período de mais quatro anos. Do outro lado, como candidato derrotado, tivemos a figura de Aécio Neves que teve uma votação bastante expressiva recebendo mais de 50 milhões de votos, porém, insuficiente para alcançar o objetivo que almejava.

Muitas pessoas (e isso é um direito de cada um na minha opinião) trataram a eleição como uma partida de futebol disputada por dois grandes rivais. Até ai sem problema. Mas quando o fanatismo rompe a barreira do respeito, complica. Não gosto do PT, nunca votei e nem pretendo votar. Mas respeito aquele que pensa contrário a mim. Faz parte do processo democrático. Discordar sim, violência jamais.

Não acho que a eleição tenha sido decidida em determinada região do país. A coisa se inverteu tanto que o candidato Aécio tomou uma lavada em seu berço político, Minas Gerais. Da mesma forma, a presidenta reeleita sofreu uma grande derrota em seu reduto, Rio Grande do Sul. Os grandes colégios eleitorais fizeram a diferença. As regiões Norte e Nordeste do Brasil, por mais extensas que possam ser, não têm o poder de decidir uma eleição, justamente pelo fato de não terem grandes colégios eleitorais ali instalados.

Proferir ofensas ao povo do Norte e do Nordeste de nada adianta. Isso não melhora o país. Regiões que sofrem com dificuldades extremas são tendentes a proteger quaisquer tipos de melhorias que lhe são oferecidas. Não acho errado. Mas olhar sempre para o mesmo ponto fixo, pode nos deixar obsoletos, cegos. O que quero dizer com isso? Simples a resposta. Não estou aqui defendendo um partido político. Mas em certo momento da vida é preciso mudar para não cairmos na mesmice e na acomodação. Todavia, quando se faz um projeto social como o bolsa família, o pensamento não é o de puramente ajudar o menos favorecido, mas sim o de se perpetuar no poder por anos e anos, contando sempre com o apoio político daquele que o recebeu. Não sejamos idiotas. Política é jogo de interesse sim, e muito.

Não consigo enxergar a política desligada do interesse e da corrupção. E até me provarem o contrário, continuarei pensando assim. Não acho que Aécio Neves seria o maior e melhor presidente do Brasil. Votei nele com o aspecto de mudarmos algumas coisas que acredito estarem no caminho errado. Mas não seria a única solução. Durante todos esses últimos anos, PSDB e PT realizaram coisas boas, mas também afundaram o país. E todo esse trabalho foi realizado em benefício próprio e não pensando no povo como tanto pregam.

Portanto, no dia primeiro de janeiro de 2015, um novo mandato se inicia. A faixa presidencial não será transferida, posto que, permanece em posse da presidenta reeleita. Mera formalidade. O que nos questionamos é: qual o rumo que o governo federal dará ao país a partir deste novo ano que está prestes a se iniciar? Como acabar com os escândalos de corrupção? Vão mesmo investigar a fundo e punir todos os culpados? E a economia? Será estabilizada? Saúde e educação serão prioridades?

As respostas somente o tempo nos permitirá conhecer. Só peço serenidade e sabedoria a governante que comanda esta nação. E se Deus é mesmo brasileiro, que nos proteja e nos livre de todo mal.


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