quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Propaganda Eleitoral: a volta do riso no horário nobre.

Foi dada a largada. Isso mesmo, começou a propaganda eleitoral gratuita obrigatória. Aquele programa de televisão que deixa o telespectador completamente entretido e alucinado para assistir cada vez mais e mais sua continuação.

Ironias à parte, quem teve coragem para assistir aos apelos de ontem a noite, pode notar que, cada vez mais, os candidatos fazem de suas companhas verdadeiras peças circenses. Acredito que essa nova roupagem trazida pelos marqueteiros responsáveis pelas campanhas tem uma lógica simples e direta: fazer do humor uma forma de prender a atenção do eleitor.

Não sei precisar ao todo quantos minutos dura a propaganda eleitoral, embora acredito que seja algo em torno de 50 minutos. São os minutos mais demorados da face do planeta.

Alguns caricatos que ali se apresentam são velhos conhecidos nossos. Por exemplo, temos o incansável representante do "melhor" meio de transporte do mundo, o aerotrem; temos o eterno vice que agora se candidata ao cargo de senador por São Paulo; temos o ex-prefeito que teve a audácia de proibir que água de coco fosse vendida dentro do próprio coco em parques públicos, etc. A lista é grande, garanto.

Todavia, nada se compara com as maravilhosas campanhas feitas pelos candidatos ao cargo de deputado, seja em nível estadual ou federal. É cada anomalia que dá vergonha de ser brasileiro. Não entendo como o órgão responsável permite que algumas dessas "bizarrices" vá ao ar e chegue à casa do eleitor.

Entre os candidatos ao cargo de deputado federal, podemos citar alguns bons exemplos do que falamos acima. Primeiramente, temos nosso saudoso Batoré, isso mesmo, Batoré. E não digo saudoso pelo fato de não estar mais nesse plano físico. Digo saudoso porque deixou de fazer humor em programa humorístico de verdade e encontrou espaço na segunda divisão do humor, a política.

Outro que chama atenção é o candidato Battman que tenta se eleger pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade). E detalhe, é realmente escrito dessa maneira. Ai eu questiono: precisamos mesmo de heróis mascarados em Brasília? Será ele capaz de resolver os problemas do país sem a ajuda do fiel parceiro Robin? Acho difícil, mas......

Temos até uma homenagem ao maior terrorista de todos os tempos, Bin Laden (aliás, já falecido). Quem poderia dar seu voto a favor de uma pessoa que adota esse pseudônimo? O pior é que não duvido que o cara seja eleito.

Sem contar as outras pérolas como: borracha (com certeza deve ter lapiseira, caneta), carneiro, casquinha, chibiu (isso mesmo), o cãozinho dos teclados Frank Aguiar, Josiane Barrichello (com certeza vai ficar em último na colocação geral), Nego da Maruca, Nelson do Posto, enfim. São tantos nomes ridículos que ficaria chato deixar alguém de fora, mas fica inviável fazer menção a todos eles.

Porém, nada supera em termos de inovação de imagem e publicidade política a campanha do glorioso palhaço Tiririca. Tenho que confessar que sobrou criatividade e isso vai lhe trazer frutos sem sombra de dúvida, afinal, já foi o mais votado na eleição passada. Agora, não dá pra deixar de ressaltar que é vergonhosa sua apresentação e vexatória aos olhos do eleitor sério e que busca melhoras para seu país. O slogan da campanha diz tudo: TÁ DE SACO CHEIO DA POLÍTICA? VOTE NO TIRIRICA!

Abaixo, deixo registrado o vídeo do Tiririca para os que quiserem gargalhar e espantar o mal humor, rs.

Sem mais delongas, fica a dica para que no dia 05 de outubro possamos escolher bem os nossos futuros representantes.

2 comentários:

  1. Eu concordo que o horário político há muito deixou de ser um espaço reservado para que os candidatos apresentes suas plataformas de trabalho, até porque, poucos tem. Na maioria dos casos eles gastam praticamente todo o seu tempo (e o nosso também) apontando pra isso ou aquilo que o atual/ex-governo deixou de fazer. Afinal, é mais fácil achar os erros alheios do que olhar pro próprio rabo e fazer uma análise de como melhorar, porque ai você já tem em quem colocar a culpa.

    Confesso que me divirto com o horário político justamente por essas bizarrices. Como regra geral o povo já está tão cansado e desacreditado de todo esse circo político que fazer piada com a própria desgraça virou o meio mais fácil de passar o tempo, porque nenhuma dessas campanhas engraçadinhas acrescenta em nada ao eleitor, não traz qualquer base pra escolha de candidato, apenas coloca aquele determinado cara de pau na mira do holofote e quem conseguir ser mais engraçado, mais popular, mais "legalzinho", infelizmente, vai ser aquele que terá um melhor resultado nas urnas.

    A alienação política chegou num nível que os partidos escolhem pessoas (pseudo) famosas apenas para angariar mais votos (por popularidade) e, assim, conseguir mais cadeiras nas respectivas casas legislativas.

    O que a gente vê no horário político, infelizmente, é reflexo dessa alienação, dessa falta de vontade e da descrença do povo, que hoje faz voto de protesto votando em ex-palhaço, ex-bbb, ex-jogador, ex-qualquer coisa.

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  2. Concordo plenamente contigo, Dannynha Mansani.

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